Mundo antigo
O primeiro registro conhecido de tatuagens na história da humanidade foi encontrado na Múmia do Similaun ou “Ötzi”, uma múmia masculina muito bem conservada, com cerca de 5300 anos (3250 a.C). Ele foi encontrado nos Alpes ocidentais, na fronteira entre a Áustria e a Itália e possuía cerca de 61 tatuagens por todo o corpo. Suas tatuagens correspondiam a pontos conhecidos na acupuntura, o que pode indicar uma forma primitiva da acupuntura.
Existem provas que apontam múmias tatuadas datando de 4000 a 2000 anos antes de Cristo no Egito, além de culturas nas Filipinas, Indonésia, Polinésia e Nova Zelândia, os Maori, que tatuavam-se em rituais religiosos.
Também existem múmias tatuadas em sítios arqueológicos no Alasca, na Groenlândia, na Sibéria (incluindo a cultura Pazyryk da Rússia), na China, Mongólia, Egito, Filipinas, nos Andes e no Sudão, além de diversas culturas da América do Sul pré-colombiana. Também na antiguidade, existem escritos gregos datados do século V a.C sobre tatuagens. As tatuagens eram usadas como forma de penalizar prisioneiros de guerra, escravos e criminosos pelos gregos e romanos.
Na Idade Média, com a cristianização da Europa, a tatuagem virou uma prática desprezível, considerada demoníaca, por supostamente ser um atentado contra o corpo, considerado templo de Deus. No ano de 787 o próprio Papa proibiu a tatuagem na Europa, que foi banida pela Igreja.
Origem e popularização
O termo “tatuagem” tem origem polinésia, uma região da Oceania, derivado da palavra tatau. A palavra teria origem no som que era emitido durante a realização das tatuagens, em que eram utilizados pequenos ossos como agulhas e um martelo para introduzir a tinta na pele, fixando-a como tatuagem.
Os primeiros a começarem a difundir as tatuagens pelo mundo moderno foram os marinheiros ingleses, após o contato com as culturas polinésias que já cultivavam o hábito da tatuagem há muitos séculos. Decoravam os corpos com diversas imagens, de criaturas marinhas a imagens de mulheres e escritas, os desenhos sempre conversaram com a vida desses homens aventureiros, porém de pouco prestígio social.
As tatuagens passaram a ser populares nos guetos, tabernas e prostíbulos, e logo viraram um sinônimo de marginalidade. Algo que reforçou ainda mais isso foi o uso da tatuagem como identificação de criminalidade pelo Governo da Inglaterra em 1879. Porém, em pouco tempo foi tornando-se cada vez mais popular e chegou a classes mais abastadas, até à realeza.
Apesar de a tatuagem ser um fenômeno muito recente no Brasil, com o 1o estúdio de tatuagem datando dos anos 1960, nas imediações do Porto de Santos, e de ter sofrido com estigma de marginalidade no início, hoje em dia são muito populares em todas as classes sociais.
Os motivos para fazer uma tatuagem são muitos, desde uma homenagem a alguém, a uma frase marcante e motivadora, um personagem que se admira, uma bela imagem, um símbolo carregado de significado, um animal de poder… Independente de qual for seu motivo, pense muito bem antes de fazer uma tatuagem, pois é uma modificação permanente.
Ainda que hoje em dia existam técnicas para remoção de tatuagem (com tratamentos à laser), ainda podem permanecer marcas como cicatrizes. Então é melhor pensar bem e marcar algo que não irá se arrepender, para evitar dor de cabeça (e uma dor tão grande quanto a realização da tatuagem para retira-la)!